A “arenga eleitoral” em Caetés, depois da campanha, foi
parar na Folha de Pernambuco. Reportagem publicada no jornal da capital informa
que o candidato que venceu a eleição, Armando Duarte (PTB), está sendo alvo de
investigação judicial por suposta compra de votos.
“A coligação Frente Popular de Caetés, do adversário
Sampainho (PSB), juntamente com o diretório do PSB local, entrou com
representação na 130º Zona Eleitoral do município pedindo a cassação do mandato
do petebista, além de sua inelegibilidade por oito anos. A ação ainda pede a
aplicação de multa ao prefeito eleito e ao vice, Severino Gordo (PSDB). Outras
três pessoas são alvos da apuração”, relata a Folha.
O jornal informa que coligação Frente Popular apurou a suposta compra de votos
em diversas localidades do município. Um interlocutor gravou várias conversas
com eleitores que narraram episódios do esquema. A troca de sufrágio teria sido
feita por favores, como a distribuição de materiais de construção, promessas de
emprego e pagamento de dinheiro em espécie. Foram ouvidos moradores de
Macambira, Sítio da Malhada do Arara e Várzea das Vacas. Segundo o advogado da
coligação, Flávio Leal, o prefeito eleito já foi notificado e apresentou
defesa. A próxima etapa é realizar uma audiência para ouvir as
testemunhas.
”Os candidatos a vereador Marozan Oliveira (PSL), José Arnaldo (PSDB) e
Josilene Bezerra (PSDB) também foram citados pelas testemunhas. Uma das
testemunhas afirma que recebeu R$ 200 para votar no prefeito eleito. “(Ele) deu
R$ 200 a
eu, Armando deu a eu “(sic), diz uma moradora de Macambira. Outra
eleitora, da comunidade do Sítio da Malhada, narra que sua cunhada votou na
candidata Josilene, conhecida como Lena. Em troca, ela teria pedido tijolos
para ajudar na construção de uma casa”, informa ainda a reportagem.
O senador Armando Monteiro, presidente estadual do PTB, evitou analisar a
situação antes de se inteirar completamente sobre as denúncias. “Vamos ver se
tem respaldo ou se isso é um mero reflexo do processo eleitoral. Porque depois
da eleição, surgem muitos casos como este”, explicou.
(Blog do Roberto Almeida)